O governo japonês declarou estado de emergência na usina nuclear de Fukushima e outras três centrais atômicas foram fechadas. Ao menos 2 mil pessoas foram retiradas de áreas próximas após as autoridades não terem conseguido resfriar o combustível nuclear. Segundo os oficiais responsáveis, no entando, não há vazamento radioativo, e a situação já está sob controle.
Fábricas e refinarias foram fechadas e milhões de pessoas estão sem energia elétrica. Há cerca de 80 incêndios provocados pelo terremoto, um deles em uma refinaria. O aeroporto de Narita, o maior do país, chegou a ser fechado, mas já foi reaberto. O tremor também paralisou em todo o país os serviços do "shinkansen", o trem-bala japonês, segundo a companhia ferroviária JR East. Um trem com passageiros desapareceu na área afetada pelo tremor.
Apesar de ter ocorrido a quase 400 quilômetros de distância de Tóquio, o tremor também foi sentido na capital, onde 4 milhões de casas e prédios ficaram sem energia elétrica. O serviço telefônico também foi cortado em boa parte do país. Um dique se rompeu em Fukushima e o volume e a força da água devastaram as construções da região, segundo a imprensa japonesa.
O primeiro-ministro Naoto Kan disse a políticos que eles precisam "salvar o país" após o desastre. "O terremoto causou diversos danos em vastas áreas do norte do Japão", afirmou. Cerca de 8 mil militares foram enviados pelo governo à região afetada. De acordo com o Ministro de Exteriores, Takeaki Matsumoto, afirmou que o Executivo do país pediu ajuda aos EUA para que enviem seu efetivo no país para a área do sismo.
Foi o maior terremoto no Japão desde que começaram a ser registrados, há 140 anos e o sétimo pior da história. O tremor principal aconteceu às 2h46 de Brasília, com epicentro a 130 quilômetros de Sendal, na ilha de Honshu, e com profundidade de 24,4 quilômetros, na mesma região onde há dois dias ocorreu um terremoto de 7,3 graus que não deixou vítimas.
Daniel Yamaguti
N 5
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